sexta-feira, 18 de julho de 2008

PR1 - o primeiro passo... para muitos km!!?

Mais de uma centena de caminheiros, amantes da vida ao ar livre, juntaram-se no passado dia 13 de Julho em Soalhães, concelho do Marco de Canaveses, para a inauguração do PR1 “Pedras, Moinhos e Aromas de Santiago”.

Logo pela manhã, o céu limpo e o sol cintilante prometiam um dia quente e intenso.
Uma visita guiada à Igreja Matriz de Soalhães e a sessão de discursos e agradecimentos, foram os momentos que antecederam o início da marcha. Ao longo dos 15 km de percurso, animação, boa disposição e convívio não faltaram. Logo em Poça da Sapeira surgia o primeiro grupo de animadores que, trajados a rigor e recriando outros tempos, soltaram as primeiras expressões de surpresa e admiração por quem por eles passava. Concentrados de novo na caminhada, e passando do asfalto para o caminho de pé posto, uns metros mais à frente surgia a Capela de S. Clemente, um dos pontos referenciados no percurso.











Pelas encostas da serra e caminhando ao ritmo de cada um, seguia-se o Monte das Pedras Brancas, cujo trajecto até lá, fez ofegar alguns dos caminheiros, mas que rapidamente retemperavam o fôlego ao contemplar a paisagem que os rodeava.Os horizontes que se formavam a cada passa dado, a riqueza florística e faunística da Serra da Aboboreira e toda a animação que até agora preenchia a caminhada já eram alvo de elogios, mas o momento alto do dia ainda estava para chegar. Vinheiros era a palavra-chave. Neste lugar, a recepção foi admirável. Encenações teatrais e petiscos da terra rasgaram sorrisos e deliciaram os olhos e o estômago dos pedestrianistas.
Reagrupado o grupo, era necessário continuar a marcha. Ainda faltavam alguns km para o final e as surpresas ainda não tinham acabado. A passagem pela Capela de S. Tiago, inserida no caminho que antigamente conduzia os peregrinos vindos de Lamego a Santiago de Compostela, e a linha de moinhos de água que outrora moíam a farinha com a força das águas e o trabalho das mós, eram as atracções que se seguiam.










Ao atingir o ponto mais alto do percurso (cerca de 800m de altitude) chegavam a Almofrela, já no concelho vizinho de Baião. Com mais uma paragem obrigatória, desta vez na tão afamada tasca deste lugar, chega a hora do descanso e de saborear o delicioso café da D. Isabel e restantes iguarias.
Dali partiram para a última etapa da tarde até chegar novamente ao ponto onde tudo começou. Fazendo jus ao lema “traz o teu e come de todos”, e acolhidos no Centro Social de Soalhães, organizaram-se as mesas, partilharam-se os petiscos e trocaram-se impressões.

Esta caminhada, certamente marcará a memória de quem participou, pela simpatia e disponibilidade das gentes desta terra e pela excelente organização de todos os envolvidos. Espera-se que esta iniciativa tenha sido entusiasmante e um incentivo para continuar a dinamizar esta modalidade e a promover a cultura e o património desta região.